Wednesday, August 1, 2012: 12:00 AM
Faculty of Economics, TBA
Distributed Paper
A pesquisa visa resgatar as relações entre a prática do Serviço Social e a crise da democracia no marco das reformas do Estado no Rio de Janeiro, analisando os limites que se interpõem ao exercício profissional em conformidade aos princípios éticos e políticos da categoria dos assistentes sociais. Parte-se de um referencial crítico, centrando sobre a categoria trabalho, onde a democracia é uma mediação do processo constitutivo do ser social. Nessa perspectiva o trabalho é alienado nas condições históricas colocadas pelo capitalismo, mas a formação profissional conduz a um trabalho criativo, podendo gerar alternativas no cotidiano institucional, a partir do seguinte recurso: capacidade de relacionar dialeticamente as necessidades do trabalho e as conseqüências sociais dos programas sociais residuais, além dos baixos salários, da exemplo da terceirização dos serviços sociais e da precariedade das condições de trabalho, incluindo os contratos temporários. A viabilização de alternativas democráticas é possível devido ao acúmulo teórico e político ao longo das últimas décadas no Brasil. Para mostrar as tendências profissionais resgata-se a capacidade deste em interpretar as particularidades do trabalho em contextos de crise e as formas possíveis de organização política dos assistentes sociais em interação com outros profissionais. Procura-se evidenciar os desafios que o movimento do capital traz à formação, condicionado pelo projeto neoliberal em curso no Brasil desde os anos 1990; as reformas de natureza liberal/conservadora foram globalizadas vêm absorvendo a capacidade criativa, associativa e acadêmica por meio de uma política adaptada às exigências do mercado. A pesquisa é aplicada por meio de grupos focais, entrevistas, questionários, observação participante em ONGs, conselhos de direitos e institucionais, organizações da sociedade civil, movimentos sociais, instituições de políticas sociais públicas e privadas.