O discurso oficial da política de promoção da saúde afirma a necessidade da participação individual e ccolectiva nos sistemas de saúde. Mas sujeita a organização da participação ao sistema médico de cuidados de saúde.
Este artigo parte dos resultados de pesquisa empírica sobre racionalidades leigas de saúde e discute as suas implicações nas políticas de promoção da saúde do ponto de vista da participação . O conceito de saúde da promoção da saúde é analisado do ponto de vista da sua distância em relação ao saber leigo de saúde. A promoção da saúde é debatida nomeadamente nos seus significados de “estilo de vida saudável” e “literacia de saúde” eivados de violência simbólica. A filosofia da participação em saúde é analisada e confrontada com a sua potencialidade para reconhecer a subjectividade cultural e permitir a sua afirmação no interior do sistema.